Após Neemias Queta ter optado por regressar à Universidade de Utah State, ainda não será desta que Portugal terá o seu primeiro jogador na NBA. Mas pode acontecer com Angola através de Bruno Fernando, 20 anos, que hoje, com a realização do ‘draft’, conta-se que seja escolhido. Em entrevista a A BOLA, fala sobre a concretização do sonho que o levou a emigrar para os EUA aos 16 anos.
– Depois de, em 2007, Gerson Monteiro ter chegado a atuar na pré-temporada pelos San Antonio Spurs e, mais tarde, em 2013, Carlos Morais ter feito o mesmo pelos Toronto Raptors, sente que existe em Angola, e não só, uma grande expectativa que venha a ser o primeiro angolano a ingressar e a jogar oficialmente na NBA?
– Claro! Há uma expectativa muito grande. Nunca um angolano chegou a esta situação em que me encontro – ser um forte candidato no draft e ter sido convidado, por duas vezes, para o NBA Combine – e ter a oportunidade que tenho na minha frente. Por isso, por ter essa chance, ter ido ao Combine e ter estado uma vez mais ao lado de outros candidatos, com a hipótese de ser entrevistado pela imprensa ligada à NBA, só tenho que me sentir bastante abençoado e grato.
E de Angola, tem recebido muito apoio?
– Há quem me envie SMS todos os dias a dizer que todo o país me apoia e que sabem o que tenho lutado e sacrificado para que este sonho se torne realidade. Vai ser algo que não beneficiará apenas a mim e à minha família mas a toda uma nação.
– Onde é que começou a jogar basquetebol?
– Em Angola, no Clube Desportivo 1.º de Agosto. Na altura era mesmo, mesmo muito novo, mas foi onde tudo realmente começou para mim. Foi aí que cresci e comecei a sonhar poder chegar mais longe.
– E agora, como é poder vir a ouvir o seu nome ser anunciado entre os eleitos no draft?
– Vai significar muito. Nem sei o que vou dizer ou se o irei conseguir descrever. O mais provável é que me caiam imediatamente as lágrimas. Só pensar desde o momento em que comecei a pegar numa bola de basquetebol e estar agora perto dessa oportunidade… Sei que há um milhão de miúdos que gostariam de estar no meu lugar, por isso só tenho que me sentir abençoado.
– Acha que consegue ficar entre as dez primeiras escolhas?
– Neste momento prefiro não falar disso. Não irei dizer se acho que serei um dos top 10 ou um dos melhores jogadores do draft ou qualquer coisa do género. Apenas penso que todas as pessoas brilham de maneira diferente, eu tenho a minha maneira de brilhar.
Leia a entrevista na íntegra na edição impressa de A BOLA
Angolano Bruno Fernado na NBA Entrevistado pela Bola Tv