É a terceira divisão político-administrativa que o País regista desde que ascendeu à Independência, em 1975, mas nunca o tema suscitou tanta polémica como desta vez, particularmente no caso concreto de Luanda. Executivo diz que decisão visa aproximar serviços, oposição considera que o objectivo é atrasar as autarquias.
Uma semana após a aprovação, pela Assembleia Nacional, da Nova Divisão Administrativa do País, persistem as dúvidas ou incertezas sobre a eficácia da decisão, sobretudo no que diz respeito à província de Luanda. Para uns, a determinação, aprovada apenas pelo Grupo Parlamentar do MPLA, sem obedecer a uma profunda auscultação da população, não é mais do que “uma fuga para frente”, visando evitar as eleições autárquicas, mas o partido no poder escuda-se no argumento de aproximar os serviços às populações.
Uma nova sede provincial nasce às portas de Luanda
Com a Nova Divisão Administrativa, o País passará a ter, a partir do próximo ano, 21 províncias, mais três do que as 18 actuais. Catete, a pouco mais de 60 quilómetros de Luanda, será a sede da província de Icolo e Bengo. A imprensa fez uma incursão à localidade, para saber das expectativas das pessoas e como vivem.
Terra do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, que viu também nascer figuras proeminentes da literatura angolana como Jofre Rocha (Roberto de Almeida) e Uanhenga Xitu (Agostinho Mendes de Carvalho), a região não dispõe de estruturas administrativas de nível provincial, nem de estabelecimentos comerciais dignos desses nomes, predominando as cantinas de cidadãos oeste-africanos.
Fonte: NJ