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Dia Mundial do Refugiado: PR defende urgência de acabar com ″flagelo humano″ – ONU pede mais apoio a países anfitriões

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta terça-feira, 20, Dia Mundial dos Refugiados, que a paz deve ser o princípio e o fim de toda a actividade humana, por permitir a realização e a afirmação individual e colectiva em sociedade.

“É neste sentido que apelamos insistentemente para o diálogo com vista a ultrapassar qualquer assunto fracturante”, escreveu João Lourenço na sua página de facebook, a respeito da data.

“Hoje, 20 de Junho, Dia Mundial do Refugiado, reflictamos sobre a necessidade urgente de pôr termo a esse flagelo humano”, acrescentou o Presidente da República.

Segundo dados oficiais, Angola acolhe, actualmente, mais de 56 mil refugiados e requerentes de asilo. Esta população é composta em grande parte por refugiados e requerentes de asilo da República Democrática do Congo.

Outras nacionalidades também compõem a população de interesse do ACNUR em Angola, como guineenses, marfinenses, mauritanianos, somalis e sudaneses.

A maioria destes refugiados (88%) vive em zonas urbanas. Há cerca de 6.000 refugiados a viver no assentamento do Lôvua, na província da Lunda-Norte. Estes chegaram a Angola em 2017, em consequência da crise do Kasai, na República Democrática do Congo.

Para assinalar a data, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) e parceiros organizaram uma série de actividades sob o lema “Esperança longe de casa, por um mundo inclusivo com as pessoas refugiadas”.

Segundo uma nota de imprensa do ACNUR, o tema escolhido para este ano visa chamar a atenção para a necessidade de esperança, inclusão e soluções duráveis para os refugiados e requerentes de asilo.

Na capital do País, Luanda, o ACNUR realiza esta terça-feira uma sessão cultural que vai levar artistas refugiados ao palco do Camões – Centro Cultural Português, com actuações de música, dança e teatro.

A seguir, no mesmo local, é exibido o filme “As Nadadoras” (The Swimmers). Trata-se de uma história real, de duas amigas sírias que fogem da guerra e que sonham competir nos Jogos Olímpicos.

O Dia Mundial do Refugiado vai também ser assinalado no assentamento do Lôvua, na província da Lunda-Norte.

Estão ainda previstos uma cerimónia (com dança, jogos e demonstrações de primeiros socorros e construção) e um desfile das diferentes estruturas comunitárias para promover a inclusão social.

António Guterres pede mais apoio aos países anfitriões

Para assinalar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, refere que mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países abalados por conflitos, perseguições, fome e caos climático foram forçadas a fugir de suas casas.

“Não são apenas números, são mulheres, crianças e homens que fazem viagens difíceis e muitas vezes enfrentam violência, exploração, discriminação e abuso”, acrescentou António Guterres.

Para Guterres, é dever de todos proteger e apoiar os refugiados, criando soluções para realojar pessoas e apoiar famílias a reconstruir suas vidas com dignidade.

O secretário-geral das Nações Unidas cita o Pacto Global para Refugiados, que prevê mais apoio internacional aos países anfitriões para aumentar o acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à assistência médica, ao alojamento e à proteção social.

O chefe da ONU faz um apelo ao mundo para que aproveite a esperança que os refugiados carregam nos seus corações.

Fonte: NJ

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