Mais de 40 jovens delinquentes aceitaram entrar em programas lançado pela Polícia Nacional como o “Stop Rixa”, em Luanda, abandonando o mundo do crime, comprometendo-se a ajudar as autoridades a prevenir a criminalidade em Benguela e Luanda.
Segundo fontes da PN, estes jovens, num total de 45, aderiram ao programa criado para retirar ou prevenir a sua entrada no universo das actividades criminosas, nomeadamente as lutas de gangues, mas não só, e estão agora a ajudar na prevenção da criminalidade.
Uma das funções que estes agora ex-delinquentes passam a ter é de advertir as comunidades para os riscos que correm e alertar a PN para situações que possam indiciar a prática de crimes ou a sua preparação, como, por exemplo, as lutas de gangues.
Este é um fenómeno que está a proliferar no país, com especial evidência nas províncias de Luanda e Benguela.
Na província de Luanda, aderiram a este programa 25 jovens, que residiam nos bairros do Prenda, Rocha Pinto e Samba, e em Benguela saíram da marginalidade por esta via 20 indivíduos que viviam no município da Catumbela.
A PN de Benguela adiantou que os aderentes disseram que ” estão arrependidos pelo tempo perdido no mundo da delinquência”, acrescentando que vão apoiar as acções da polícia, para prevenção e combate à criminalidade.
Estes indivíduos que asseguram que “não pretendem voltar a cometer actos criminosos”, agora estão a lavar carros e a fazer pequenos biscates para se manterem ocupados e conseguirem dinheiro de forma digna, mas clamam por um emprego fixo.
“O que nós queremos é um emprego ou um local fixo para fazer a lavagem de carros. Para isso pedimos ao comandante que nos ajude nesse sentido”, clama um ex-delinquente em nome do grupo, como se pode ouvir num áudio fornecido pela PN à imprensa.
Já na província de Luanda, os homens que abandonaram as lutas de gangue e os assaltos, foram enquadrados em duas produtoras musicais, fazendo parte do projecto “Stop Rixa”, criado pelo comando municipal de Luanda, com a finalidade de retirar jovens da delinquência.
Neste grupo de jovens, o representante apelou aos demais jovens que ainda vivem da criminalidade no sentido de abandonarem e aproveitarem a oportunidade que a polícia está a dar no mundo da música.
Fonte: NJ