Site icon

Detido cidadão chinês acusado de tráfico de seres humanos com promessa de emprego com o lema “Vem emigrar 2023 Portugal”

Um cidadão de nacionalidade chinesa foi detido em Luanda pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusado do tráfico de seres humanos com a promessa de emprego e de um salário mensal de 1.500 USD.

De acordo com o gabinete de comunicação institucional e imprensa da direcção geral do SIC, o cidadão chinês, de 44 anos, faz parte de uma rede de criminosos estrangeiros, que aliciam as pessoas que sonham com um emprego digno, a partir do grupo do WhatsApp ” Vem emigrar 2023 Portugal”, garantindo trabalho no exterior, em países como o Dubai, o Laos e Portugal.

Os dados preliminares apurados pelo SIC dão conta de que a empresa recrutadora, que não tem representação em Angola, é identificada por ” GUOJIN TECHNOLOGY”, situada na cidade de BOKOE, em Laos.

A direcção do SIC explica que ” este esquema começou com propostas aliciantes de salários até USD 1.500, para a função de telefonista num call center, e exigia que os interessados fossem jovens dos 22 aos 35 anos, recém formados, técnicos médios e superiores que tivessem o domínio da língua inglesa e da informática”.

O SIC assegura que “muita gente é levada do País com a garantia de um emprego e com um bom pagamento, mas o fim é a exploração ou outros crimes com desfechos imprevisíveis”.

O implicado foi capturado pelo SIC, por intermédio de uma denúncia feita pelos familiares de uma das vítimas, de 29 anos, que conseguiu escapar das mãos desta rede criminosa quando se apercebeu que todas estas propostas eram falsas.

A detenção do acusado ocorreu quando ele se deslocou para Angola, a fim de patrocinar as viagens dos cidadãos angolanos que foram recrutados por via do grupo do WhatsApp” Vem emigrar 2023 Portugal” e foi apanhado numa unidade hoteleira, no momento em que verificava a documentação recolhida.

O cidadão de nacionalidade chinesa recebeu ordem de detenção e ser-lhe-á aplicada uma medida de coacção pessoal mais gravosa, a de prisão preventiva, enquanto as diligências decorrem.

Fonte: NJ

Exit mobile version