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Defendido reforço do combate às imagens degradantes de mulheres

A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, defendeu, quarta-feira, em Luanda, o reforço da educação digital, para se evitar o perigo da desinformação, bem como o combate às imagens violentas e degradantes sobre mulheres.

A governante, que falava no acto central do Dia Internacional da Mulher e que marcou a abertura da jornada Março Mulher, alertou para os cuidados a ter com a pornografia e imagens transmitidas através das redes sociais, que visam, na sua maioria, castigar mulheres.

Acrescentou que os governos do mundo são encorajados a reforçar as intervenções nas áreas de inovação, mudança tecnológica e educação na era digital, para o alcance da igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.

Deu a conhecer que, sob o lema “A participação activa das mulheres e raparigas nas tecnologias de informação, rumo à prosperidade social”, o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher decidiu criar um contexto educativo, onde mulheres e homens, raparigas e rapazes sejam informados e encorajados a utilizar as novas tecnologias digitais de forma consciente e saudável.

“Reconhecemos que a era digital é transformadora e oferece oportunidades para que as mulheres prosperem no mundo do trabalho, acedam a serviços digitais essenciais e aumentem o seu engajamento cívico e político, assim como é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse.

A ministra disse acreditar que o desenvolvimento sustentável passa, igualmente, pelas mulheres, pelo que é necessário redobrar esforços para a criação de um ambiente propício que salvaguarde as necessidades específicas. “O acesso universal às tecnologias de informação e comunicação só será possível através da capacitação das mulheres e eliminação dos preconceitos”.

Recordou que o Censo Populacional de 2014 revelou que o país é constituído maioritariamente por mulheres, atingindo uma cifra de 52 por cento, e que o Executivo está alinhado à Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. 

Destacou a aposta do Executivo em acções formativas para o aumento da participação de mulheres e meninas na ciência e tecnologia.

 O Dia Internacional da Mulher este ano assinala-se sobre o lema «Digital: Inovação e tecnologia para a igualdade de género». Dados das Nações Unidas indicam que 37 por cento das mulheres não utilizam a Internet e 259 milhões têm menos acesso do que os homens, apesar de representarem quase metade da população mundial.

Reza a história que só em 1975 a ONU começou a celebrar o dia 8 de Março e no dia 16 de Dezembro de 1977 é que viria a ser oficialmente reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da Resolução 32/142.

A efeméride celebra os direitos que as mulheres conquistaram, recordando o caminho difícil para a igualdade, como o direito ao voto, igualdade salarial, maior representação em cargos de liderança, protecção em situações de violência física, psicológica ou o acesso à educação.

Fonte: JA

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