O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse esta quarta-feira em Bissau que já não se candidata para um segundo mandato nas eleições previstas para Novembro de 2024. A decisão surge na sequência da consulta que fez à Primeira-dama durante a viagem de regresso da China onde participou do Fórum de Cooperação China-África.
Segundo Embaló, citado pela emissora alemã, para as próximas eleições previstas para 24 de Novembro próximo, não mais será o candidato para um eventual segundo mandato, por entender que não é do nível de qualidade dos políticos do seu país.
Entretanto, aos jornalistas, a saída da reunião do Conselho de Ministros, o Presidente da República guineense afirmou dizendo: “quero garantir-vos que não será nem Nuno Nabiam, nem Domingos Simões Pereira e nem Braima Camará, quem vai substituir-me na presidência do país. Será outra pessoa. Porque este país merece melhor do que nós”.
Entretanto, o anúncio “surpreendente para todos” é visto por analistas daquele país dos PALOP’s como sendo uma questão estratégica.
Incrédulo, o analista político Luís Petit diz que é necessário “ver para crer” no anúncio feito pelo chefe de Estado guineense.
“Tudo pode ser tido como uma estratégia do Presidente da República. Pode ser uma estratégia pessoal, pode ser uma estratégia política, uma estratégia para desviar a atenção. Pode ser uma estratégia de aguardar para granjear mais apoio de grupos políticos que, eventualmente, poderão vir pedir que se recandidate ao segundo mandato. Por isso, é melhor aguardarmos para esperar que realmente essa declaração do Presidente seja tida como uma declaração séria”, disse à emissora alemã.
Luis Petit entende que a vir a se efectivar decisão, é sinal de que Sissecó Embaló “sabe de antemão que não vai ganhar essas eleições. Se depender só dos eleitores da Guiné-Bissau o Presidente da República não está em mínimas condições de se recandidatar”.
Fonte: CK