O crédito bruto ao sector não financeiro nacional atingiu 7,8 biliões kz em Março de 2025, um crescimento de 21,4% face ao mesmo período de 2024, segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA). A maior parte do valor (88,4%) corresponde ao endividamento do sector privado, enquanto 11,6% refere-se ao sector público.
O stock de crédito à economia em moeda nacional totalizou 6,2 biliões kz, um acréscimo de 32,2% em relação a Março de 2024 e de 3,7% face a Dezembro do mesmo ano. O sector público não financeiro acumulou um endividamento de 906,6 mil milhões kz. Deste montante, 60,4% foi destinado à administração pública e 39,6% às empresas públicas. Em relação ao ano anterior, registou-se um aumento de 191,9 mil milhões kz. Já o sector privado (empresas e particulares) viu o endividamento aumentar 20,7%, passando de 5,7 para 6,9 biliões kz.
As empresas privadas não financeiras absorveram 5,4 biliões kz, mais 928,3 mil milhões que no ano anterior, enquanto o crédito aos particulares atingiu 1,5 bilião, com um acréscimo de 260,6 mil milhões. O crédito ao sector real da economia alcançou 1,7 bilião kz em Março, com um aumento anual de 425,8 mil milhões.
A expansão foi impulsionada, sobretudo, pelo subsector das indústrias extractivas, que recebeu 250,6 mil milhões.
No âmbito do Aviso n.º 10/2024, o crédito para o fomento ao sector real somou 1,3 bilião kz, o equivalente a 80,8% do crédito total destinado ao sector e a 17,3% da carteira bruta do sistema bancário. Em termos homólogos, houve um crescimento de 40,7%, impulsionado pelo financiamento à indústria transformadora, que registou um acréscimo de 201,8 mil milhões kz.
A distribuição do crédito ao sector real por subsectores mostrou uma concentração em três áreas: a indústria transformadora absorveu 724,7 mil milhões (43,5% do total), as indústrias extractivas receberam 567,5 mil milhões (34,1%) e o sector agrícola e pesqueiro, 372,2 mil milhões (22,4%). Grande parte destes financiamentos foi atribuída no âmbito dos avisos do BNA voltados à dinamização da produção nacional.
Fonte: Mercado