O material utilizado na produção de cimento em Angola é totalmente nacional, sem necessidade de importação, confirmou esta segunda-feira, na província do Icolo e Bengo, o PCA da Cimangola, Agostinho da Silva. Segundo o gestor, a indústria dispõe de matéria-prima suficiente para garantir mais de 60 anos de produção, assegurando a autonomia do país no sector cimenteiro.
A Cimangola produz cerca de 5.500 toneladas de cimento por dia, incluindo cinco mil toneladas diárias de clínquer, produto que deixou de ser importado há sete anos e é hoje garantido localmente em quantidade suficiente. A empresa é autónoma em clínquer, calcário e argila, extraídos de minas no município do Sequele (Icolo e Bengo), e utiliza minério de ferro proveniente do Cuanza Norte.
O PCA chamou a atenção para os preços elevados praticados por alguns revendedores, onde o saco de cimento ultrapassa os Kz 9.000, contrastando com os Kz 6.000 praticados pela Cimangola. Para Agostinho da Silva, a margem de comercialização não deveria exceder 25%.
Actualmente, a fábrica funciona no limite da sua capacidade, cobrindo cerca de 70% do mercado nacional, abastecendo grandes obras públicas como o Porto Caio de Cabinda, a barragem de Caculo Cabaça, redes viárias, pontes e outras infra-estruturas. Apesar disso, o gestor reconheceu que a empresa não consegue suprir sozinha toda a procura nacional, defendendo o reforço da produção por outras cimenteiras para tornar Angola livre da importação de cimento.

