O representante do Governo chinês em Angola, Zhang Bin, disse esta sexta-feira, 22, em Luanda, que a China não está com preocupada com o estreitar da relação entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA), pois reconhece que “o País é livre de escolher os parceiros que quer”, e assegura estar feliz em saber que os grandes países, como os EUA, querem investir em Angola.
Segundo o diplomata chinês, que completou esta sexta-feira um mês em funções em Angola, como embaixador, a China respeita a decisão de Angola, que pode ter os parceiros que desejar.
Zhang Bin disse ainda que as relações entre Angola e a China estão mais fortalecidas, com a recente visita à china do Presidente da República João Lourenço, onde foram assinados 12 acordos de cooperação.
Quanto à dívida de Angola à China, o embaixador Zhang Bin disse que o seu País nunca fez qualquer pressão sobre Angola ou outros países africanos para o pagamento da dívida.
Segundo este diplomata, a China é o único dos grandes países que fez em 2020 a suspensão da dívida a 19 países de África.
O embaixador referiu ainda que as empresas do sector privado chinês já investiram em Angola mais de dois mil milhões de dólares.
Conforme o embaixador, cerca de 50 mil chineses trabalham e vivem em Angola, mas não há muito angolanos a trabalharem e a viverem na China. E salientou que a sua intenção é reverter o quadro.
Quanto às queixas dos angolanos sobre as empresas chinesas que não cumprem as normas locais, o embaixador da China em Angola disse que apoia o governo angolano na aplicação da lei para punir as empresas que estejam a violar as normas.
“Encorajamos o Estado angolano a punir os actos que constituam violações da Lei Geral do Trabalho, nas empresas chinesas”, ressaltou.
Fonte: NJ