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Caso “Man Gena” pode chegar ao escritório regional da ONU

A informação consta da carta-resposta do escritório da ONU em Luanda, dirigida ao Grupo Parlamentar da UNITA, na sequência da viagem que um grupo daquela força política efectuou a cidade de Maputo, onde se encontra, desde Fevereiro deste ano, o cidadão conhecido como Man Gena, fugido do país por alegado risco de vida que ele e a sua família estavam a sofrer.

No documento, datado de 21 de Abril de 2023, a coordenadora residente da Organização das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani começa por assegurar que acusou “a recepção da carta enviada às Nações Unidas a 2 de Março do ano corrente, na qual solicita a nossa atenção à situação do cidadão Angolano, que acompanhado pela sua família encontra-se detido em Moçambique”.

Zahira Virani garante, entretanto, que além de ter tomado boa nota da informação contida na carta, endereçada pela UNITA, partilhou o assunto com o Escritório Regional para a África Austral do Alto Comissariado para os Direitos Humanos.

“Informo, igualmente, que é possível apresentar o mesmo ao sistema de Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que é composto por especialistas independentes, que tratam de casos individuais de possíveis violações de Direitos Humanos”, lê-se, acrescentando ainda que “qualquer indivíduo, grupo, organização da Sociedade civil, entidade intergovernamental ou órgão Nacional de Direitos Humanos pode submeter informações e queixas”.

A ONU mostra-se, entretanto, aberta para prestar apoio e orientações à UNITA para o processo de submissão das informações recolhidas sobre o caso Man Gena, que se encontra em Moçambique, junto ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos.

Lembrar que Man Gena é um cidadão angolano, que fugiu do país por alegadas perseguições e atentados à sua integridade física e de sua família, por conta das denúncias postas a circular nas redes sociais a denunciar altas patentes da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal, supostamente envolvidas em esquemas de tráfico de drogas em Angola.

Em Moçambique, a esposa de Man Gena, que viajou grávida, deu à luz, num hospital de Maputo. Dias depois a recém-nascida morreu na unidade hospitalar.

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