Homens de negócios brasileiros que actuam no mercado angolano esperam que visita de Lula da Silva a Angola tenha impacto positivo na emissão de vistos. Já brasileiros fora do segmento empresarial manifestam a crença de que as relações entre os dois países há-de superar os “dessabores” gerados pela era de Jair Bolsonaro.
A burocracia que se regista na emissão de vistos para empresários e técnicos brasileiros, bem como no processo de constituição de empresas e o envio de excedentes financeiros para o país de origem encabeçam a lista de queixas dos empresários daquela potência sul-americana, que operam no mercado angolano, e que poderão ser apresentados ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, que visita Angola nesta sexta-feira, 25.
As referidas dificuldades da classe empresarial foram expostas em exclusivo à imprensa, por Raimundo Lima, presidente da Associação dos Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN) e da Câmara de Comércio Angola-Brasil (CCAB), organizações com mais de uma centena de associados.
“É preciso reconhecer que as bilaterais enfrentam algumas dificuldades, estão questões de burocracia, as barreiras comerciais, dificuldades logísticas e a questão cambial. Estas coisas podem dificultar o avanço das oportunidades comerciais entre os dois países. É necessário superar-se esses obstáculos”, referiu o empresário que, em Angola, actua nos sectores da comunicação, educação, infraestrutura e desminagem.
Entre outras coisas, Raimundo Lima considerou que a vinda do presidente Lula da Silva a Angola, representa uma viragem para a “retomada das relações entre os dois países”, que, na sua perspectiva, “está suspenso desde 2015”, altura em que o Brasil era administrado por Jair Bolsonaro.
Fonte: NJ