Com elevadas doses de sofrimento, o Real Madrid entrou da melhor forma na Liga dos Campeões. O rei das conquistas da Orelhuda esteve perto materializar um empate para o qual contribuiu face ao recital de ocasiões desperdiçadas, acabando por derrubar o estreante Union Berlin e a respetiva muralha, por 1-0.
Vastamente controlado pelo Real Madrid, o jogo teve a primeira aproximação perigosa, logo aos três minutos. Behrens viu Rudiger bloquear em tempo oportuno a emenda em plena pequena área, após centro a meia altura do capitão Sheraldo Becker, num momento que viria a espevitar, momentaneamente, a turma de Ancelotti.
Em menos de cinco minutos, Joselu ganhou dois duelos aéreos à defensiva berlinense, sobressaindo, pela primeira vez, a competência de Rannow e a mira pouco calibrada do avançado espanhol, à segunda tentativa.
Sem golos na recolha aos balneários, duas coisas ficavam bem patentes: a pouca criatividade – apesar do volume apresentado – blanca e a notável organização do Union, nada incomodado com a estreia na prova milionária.
Da escassez ao desperdício foi um ápice
Disposto a arrepiar caminho rumo à vitória, a turma merengue passou por novo susto patrocinado por Gosens à malha lateral logo, embalando de seguida para uma segunda parte plena de desperdício e do levantar da muralha berlinense de influência dinamarquesa: Frederik Ronnow.
Conjugado com o desperdício geral promovido por Rodrygo e Joselu – sobre tudo estes -, o guarda-redes do Union personificou em si a muralha que durante décadas se ergueu na cidade de Berlim, detendo as várias (dezenas?) de tentativas merengues. Sem nunca desistir e já em desespero de causa, o Real Madrid lá foi capaz de encontrar uma infiltração na resistência forasteira: Valverde pincelou antes do remate desbloqueador, que Bellingham se encarregou de transformar em golo a um metro da linha de baliza.
Fonte: ZerZero