O Banco Mundial vai emprestar mais 250 milhões de dólares a Angola para a cobertura financeira do Projecto para a criação de oportunidades de Emprego no País, que no primeiro trimestre do ano registou uma perda de 102.899 empregos formais, segundo dados do Inquérito ao Emprego em Angola, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em despacho assinado pelo Presidente da República, consultado pela imprensa, é autorizada a celebração deste acordo de financiamento, que vale 250 milhões de dólares, “tendo como base o aumento das oportunidades de emprego entre os jovens angolanos e, consequentemente, o incremento da produtividade”.
O Projecto de Oportunidades de Emprego para os Jovens de Angola (AYEOP), financiado pelo Banco Mundial, visa o apoio à empregabilidade, tendo como base o aumento das oportunidades de emprego entre os jovens angolanos e, consequentemente, o incremento da produtividade.
Segundo o Banco Mundial, que acredita que cerca de 500 mil pessoas beneficiem do projecto através da participação em intervenções no domínio do empreendedorismo e do mercado de trabalho, o AYEOP introduz uma abordagem de convergência para integrar os investimentos do governo e o apoio do Banco Mundial para a transformação económica, diversificação e digitalização, particularmente no corredor económico do Lobito.
O projecto será implementado em todo o país e terá como alvo pessoas entre os 16 e os 35 anos, em especial as que estão desempregadas, inactivas ou envolvidos em actividades de baixa produtividade e vulneráveis a choques.
“Especificamente, o projecto apoiará os jovens empreendedores, oferecendo-lhes formação, serviços de desenvolvimento empresarial e assistência financeira para os ajudar a desenvolver os seus negócios e a criar oportunidades de emprego”, lê-se numa nota anterior do Banco Mundial.
O projecto visa igualmente oferecer formação alinhada com o mercado, certificação de competências, estágios, serviços de colocação profissional, orientação e apoio ao emprego digital, e, segundo o Banco Mundial e o Governo angolano, “reforçará a capacidade das instituições governamentais para oferecerem programas e serviços do mercado de trabalho que sejam reactivos e sustentáveis em grande escala”.
Por cada dez pessoas com emprego em Angola, oito sobrevivem à conta de biscates e de outras actividades informais, e apenas duas têm um emprego formal, ou seja, um emprego que lhes garanta maior segurança e direitos.
Será a ministra das Finanças a negociar e assinar o acordo de financiamento e toda a documentação relacionada com ele relacionada.
Fonte: NJ