As aulas nas instituições do ensino superior público foram retomadas esta segunda-feira, 29, após três meses de interrupção devido à greve dos professores, que só regressaram às salas de aula por força da Lei, mas os docentes prometem voltar a cruzar os braços já no mês de Julho, se não virem resolvidas as suas principais reivindicações
O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) diz lamentar que o Executivo não se mostre aberto ao diálogo para resolver a situação do aumento salarial e do seguro de saúde.
Os professores garantem que não vão recuar na decisão de voltarem à greve no mês de Julho, caso o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) não apresente soluções concretas para se ultrapassar o “braço-de ferro” existente.
Entretanto, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, garantiu recentemente que a greve dos professores das universidades públicas, que durou três meses, não compromete o ano académico 2022/23.
“Não se pode dizer que o ano lectivo esteja comprometido. Pode estar em alguns cursos ou em algumas faculdades, mas depois poderemos desenvolver um plano de contingência para superar esta situação”, disse o número dois do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI).
Entretanto, em assembleia, realizada no dia 5 de Maio, os professores decidiram continuar com a greve pelo facto de as suas já antigas reivindicações não serem atendidas pelo Executivo.
Segundo o SINPES, o silêncio do Executivo pode levar ao prolongamento da greve, e, consequentemente, à anulação do ano académico 2022/23, situação que o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, garantiu que não vai acontecer.
Fonte: NJ