O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) começa esta terça-feira, 11, a recolher assinaturas de estudantes para um abaixo assinado a fim de pressionar o governo para a redução do valor de 150 kwanzas, determinado para a taxa de cada viagem em transportes públicos em Luanda.
A informação foi avançada pelo presidente do MEA, Francisco Teixeira, que falava esta segunda-feira à emissora católica de Angola, tendo avançado que a recolha começa às 9 horas, no Largo das Escolas, defronte ao Gabinete Provincial da Educação de Luanda, e termina no dia 14 de Junho corrente.
A razão, de acordo com Francisco Teixeira, deve-se ao facto de os estudantes estarem a enfrentar dificuldades para continuar as suas deslocações para as escolas, devido a falta de capacidade dos seus encarregados.
“Não aceitamos a actual realidade de 150 kwanzas, porque temos a noção que periga o futuro de milhares e milhares de crianças e estudantes. Nós, o MEA, vamos continuar com a nossa luta e a nossa causa que é defender os estudantes”, justificou.
As assinaturas, segundo fez saber, serão remetidas aos Presidente da República e à PGR, no sentido de ver salvaguardados os seus interesses. São abrangentes aos estudantes, encarregados de educação e todos os cidadãos que se reveem na causa.
O presidente do MEA assegurou mesmo que a subida do preço das viagens, de 50 para 150 kwanzas está a deixar as escolas públicas vazias, pelo facto de os alunos se verem obrigados a ficar em casa, por falta de dinheiro de táxi.
Lembrar que o governo, através de um nota do Ministério dos Transportes, comunicou em Maio último, a subida do preço da tarifa de transporte público em Luanda. A corrida de táxi colectivo, que era 150 kwanzas por viagem passou para 200 kwanzas até 16 quilômetros por cada passageiro, ao passo que os autocarros de serviço público de transporte colectivos, passaram de 50 para 150 por viagem de no mínimo 20 quilômetros.
Fonte: CK