Angola consta da lista dos 10 países com o preço da gasolina mais barato, ocupando a sexta posição. Trata-se de uma lista de 169 países, divulgada no início da semana pelo site Global Petrol Prices sobre o preço praticado por todos os países produtores do petróleo.
O site analisa os mercados de venda com base no preço médio a nível mundial, fixado em 1.32 USD por cada litro.
No artigo em que Angola figura na sexta posição, o site destaca as diferenças entre os preços praticados em cada país, onde os mais ricos têm preços mais altos e os mais pobres e os países produtores e exportadores de petróleo têm preços consideravelmente mais baixos.
“Os Estados Unidos representam uma excepção, pois são um país economicamente desenvolvido, mas ao mesmo tempo têm preços da gasolina baixos”, lê-se no artigo.
As diferenças entre os preços da gasolina nos diferentes países devem-se a vários tipos de impostos e subsídios para a gasolina. Explica que todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas impõem diferentes impostos, o que faz com que o preço da gasolina a retalho resulta diferente.
O referido site subdivide a lista em dois grupos de países. Uns são actualizados semanalmente, como são os casos do Kuwait, Argélia e Egipto, e outros, do qual Angola faz parte, actualizados mensalmente.
Assim, o TOP 10 é composto por Venezuela, Irão, Líbia, Argélia, Kuweit, Angola, Egipto, Turquemenistã, Malásia e Cazaquistão (nesta ordem).
Chamado a comentar a lista, o economista Marlino Sangombe disse à imprensa que Angola é um país “com fraca capacidade de refinação” do petróleo que explora.
Entretanto, a comercialização deste produto é feita em dólares, nos mercados internacionais, moeda com a qual compra os refinados, face a sua fraca capacidade de refinação.
“Contudo, o preço de importação da gasolina é de mercado, mas o que é comercializado nas bombas de combustíveis e que aparece no ranking é um preço subsidiado”, sublinhou, explicando que o preço comercializado não considera aquilo que o Estado subsidia, “o que significa que se não subsidiasse o valor seria mais alto em função dos custos de refinação transporte e armazenamento”.
Marlino Sambongo vê nisso uma vantagem “artificialmente mais baixo o preço para o cidadão.
“A desvantagem é que gera contrabando para os países vizinhos e alguma ineficiência no mercado”, alertou.
O economista sugere, por isso, o aumento da capacidade de refinação no país para que o preço da gasolina seja mais realista e competitivo.
Fonte: CK