O cidadão libanês que no mês de Agosto foi detido e acusado de assassinar uma jovem, supostamente “prostituta”, foi agora devolvido à liberdade pelas autoridades judiciais, o que está a gerar forte indignação junto da família da vítima, soube à imprensa.
A vítima foi, alegadamente, atirada da janela do 3.º andar de um dos apartamentos do condomínio Belas Business Park, no Talatona, em Luanda, tendo morte imediata e o suspeiro foi detido após denúncia dos vizinhos.
A denúncia feita pelos vizinhos surgiu porque estes foram despertados pelo barulho que saía da casa do suspito, sobretudo do lado da janela, conforme o Serviço de Investigação Criminal, em declarações à imprensa.
Entretanto, o SIC, após a detenção do suspeito, remeteu o processo para o Ministério Público (MP) e este ao juiz de garantia, junto do SIC, que, por sua vez, após interrogar o arguido, o colocou em liberdade na semana passada.
Segundo os familiares da vítima, esta decisão põe em causa a realização de justiça porque o homem, sendo estrangeiro, pode abandonar o país a qualquer momento.
Os familiares, que denunciaram o facto, asseguram que o arguido esteve desde a sua detenção nas celas do SIC-Luanda e nunca chegou a ser conduzido à Cadeia de Viana, para são normalmente transferidos os detidos.
Conforme o relato policial, o homem conheceu a vítima nos arredores do Talatona, e, no mesmo dia, marcou um encontro.
As autoridades narram que no dia 15 de Agosto a mulher de 34 anos contactou o libanês e este, por sua vez, foi até às proximidades do SIAC-Talatona, ao seu encontro, e levou-a para o seu apartamento, onde morava sozinho.
Posto em casa, prosseguiu o SIC, envolveram-se sexualmente, minutos depois, o acusado queria ter novamente relações amorosas, mas a vítima recusou-se, facto que gerou uma discussão entre ambos.
O SIC contou que, durante a confusão, a mulher foi atirada pela janela do 3.º andar, caiu no jardim do condomínio e teve morte imediata.
Fontes judiciais confidenciaram à imprensa que o cidadão libanês é empresário do ramo dos diamantes, reside em Angola há 10 anos e que foi posto em liberdade, sendo desconhecidos os termos para este aligeiramento das medidas de coacção.
Fonte: NJ