
Paulo Flores, ao interpretar temas como “Bandula (Nossa maneira de ser)”, “Luz e fé”, “Kini muene tu ua funue”, “Estrela” e “Stória di manga” (este último um dueto com Micas Cabral) apresentou, na noite de sábado, no Club S, ao vivo, em Luanda, as músicas do seu álbum “Canções que fiz para quem me ama”, disponibilizado nas plataformas digitais no passado dia 24 de Abril.
Durante o show, Paulo Flores cantou e transmitiu emoções para uma plateia que viveu diferentes vibrações. A energia mais animada, que estimulava ainda mais o artista, veio do lado dos ingressos mais acessíveis, enquanto a outra parte do público, com recursos mais elevados, proporcionava uma atmosfera mais reservada, com mesas que atingiam altos valores , reflectindo uma realidade de “crise” escondida.
Na abertura, “Ti Paulito” interpretou o tema que dá título ao álbum, “Canções que fiz para quem me ama”. As novidades musicais reflectem as influências dos afectos recebidos pelo artista durante a digressão “Canta Angola”, em seis cidades do país, onde cantou e interagiu com o público.
Seguiu-se uma sequência de canções que continuam na mesma linha, como “Luz e fé”, “Bandula (Nossa maneira de ser)” e “Kini Muene Tu Ua Funue” (tema do disco num dueto com Bonga), que no espectáculo foi cantada ao vivo com o filho Kiari.
O álbum conta. ainda, com parcerias notáveis, tais como Micas Cabral, com quem interpretou “Stória di Manga”, composição que traz histórias do passado e de uma verdadeira relação de amizade. Ao lado de Micas Cabral, também cantaram “Minha Velha”, um tema sempre presente nas actuações de Paulo Flores.
O guineense e líder do grupo Tabanka Djaz reviveu sucessos do grupo. Com outro músico guineense, o guitarrista Manecas Costa, interpretou “Desforra” e “1972”. Sara Tavares também teve espaço neste disco, sendo interpretada na música “Estrela”.
Os temas do álbum “Independência” também marcaram o concerto, com apresentações de “Heróis de foto”, “Jeito agradável de chorar” e “Njila ya Dikanga”, gravação original feita num dueto com Yuri da Cunha. Esta parceria também esteve presente em “Vamos ficar como papá deixou” e em “Rumba Zatukine”, que é uma gravação original de David Zé.
Ti Paulito colocou o público para vibrar ao som de “Moça”, além de reviver os tempos do “Top dos Mais Queridos” com “Povo”, “Coração Farrapo” e “Boda”.
Na ponta final, interpretou “Canta Meu Semba” e “Inocenti”, que puxou outros.
Uma nota positiva foi a qualidade do som, evidenciada pela mestria e veterania de Ferreira Marques, além do excelente trabalho dos jovens técnicos de som.
Por outro lado, o serviço de atendimento do espaço deixou muito a desejar, assim como a falta de empatia do gestor com a comunicação social.
Fonte: JA