O Presidente da Transição Militar na Guiné-Bissau disse esta quinta-feira, 27, que o período de transição no país durará no máximo um ano e que a tomada do poder do Estado não foi uma opção fácil.
Numa declaração, após ser investido pelo Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública como presidente da Transição Militar, transmitida pelas redes sociais da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), Horta Inta-A disse que “não foi uma opção fácil” a acção que resultou na tomada de poder do Estado pelas Forças Armadas guineenses.
“Não foi nada fácil, porque os militares que hoje integram o Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública sempre se distinguiram por uma conduta disciplinada, de acordo com os princípios constitucionais que orientam as Forças Armadas”, disse.
Entretanto, o presidente da Missão de Observação Eleitoral da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, o ex-Presidente moçambicano Filipe Nyusi, disse que durante a eleição havia segurança, e caracterizou o processo de transparente, e esperava que o anúncio dos resultados teria lugar nesta quinta-feira.
O antigo presidente moçambicano, contou como ocorreu a intervenção militar ao anúncio do golpe de estado, quando a missão de observadores se encontrava na sede da campanha do candidato Fernando Dias Costa, e foram impedidos de visitar as assembleias de votos, por se encontrar sob controlo dos militares.
Entretanto, falando à Rádio Correio da Kianda, o vice-presidente do PAIGC, disse que o golpe de estado foi protagonizado por Umaro Sissoco Embaló, por ser o único interessado na instabilidade, por ter perdido as eleições de 23 de Novembro do ano em curso.
Geraldo Martins, falou como os militares prenderam o Presidente Domingos Simões Pereira, e questionou como um presidente que sofreu golpe tem direito aos telemóveis e concede entrevistas aos órgãos internacionais.
O político mostra-se seguro que as eleições presidenciais foram ganhas por Fernando Dias Costa, que contou com o apoio de Domingos Simões Pereira, do PAIGG. Geraldo afirmou ainda que, Sissoco Embaló tem vergonha de assumir a derrota, “daí ter inventado o golpe de Estado”.
Os militares que realizaram um golpe de Estado na Guiné-Bissau garantiram nesta quinta-feira que o ex-Presidente se encontra bem, mas sob custódia, e anunciaram o fim do recolher obrigatório a partir desta sexta-feira.
Num comunicado de imprensa, o Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública garante-se que “se encontram sãos, porém, sob custódia deste comando”, o ex-Presidente Umaro Sissoco Embaló, o ex-ministro do Interior e da Ordem Pública Botche Candé, bem como o ex-vice e ex-Chefe do Estado-Maior general das Forças Armadas, respectivamente o tenente-general Mamadu Turé e o general Biagué Na N’Tan.
Fonte: CK

