Detida mulher que se passou por tia do Governador para burlar
Uma cidadã, de 44 anos de idade, foi detida, na quinta-feira, no Lubango, pela Polícia Nacional, após fazer-se passar por “tia” do governador da Huíla e com isso burlou dezenas de pessoas com promessas de conseguir emprego no Governo e residências na centralidade da Quilemba.
Em declarações à imprensa, o chefe do DIIP-Huíla, superintendente Pedro Cassoma Mendes, ressaltou que a cidadã é residente no bairro “14 de Abril”, arredores da cidade do Lubango, que junto de uma amiga, foragida, envolveram-se na burla.
A detida, segundo a fonte é suspeita na prática dos crimes de falsificação de documentos, associação criminosa e burla qualificada.
Explicou que as duas cidadãs combinavam e ligavam para as vítimas fazendo-se passar por secretária do governador Nuno Mahapi, enquanto a detida por tia do governador e com isso alegavam que poderiam conseguir emprego no Governo e residências na centralidade da Quilemba, a troco de dinheiro.
Destacou que até ao momento identificaram seis vítimas, duas com promessas de emprego, uma na área de limpeza e outra do secretariado, com cobrança de 40 mil e 80 mil respectivamente, e quatro com prometimento de residências na centralidade em valores que rondavam de 400 a 750 mil kwanzas.
“Das casas e do emprego conseguimos determinar que burlaram dois milhões 750 mil kwanzas, uma acção que a senhora vem a praticar desde Março do ano em curso. A amiga já está identificada e estamos a fazer as buscas para a sua detenção”, acrescentou.
Ainda nesta quinta-feira, segundo Pedro Cassoma Mendes, um cidadão de 34 anos de idade, foi detido no bairro Mitcha, por burla através de comprovativos de pagamentos electrónicos falsos.
O homem obtinha as coordenadas das empresas e fazia transferências até mil kwanzas, mas depois scaneava o comprovativo, após a colagem a um outro com um valores que rondavam de dois a três milhões de kwanzas.
Ressaltou que depois mandava para as empresas e recebia a mercadoria da suposta compra, de seguida vendia para outras e tinha como alvo estabelecimentos de material de construção civil e de electricidade.
Avançou ter sido possível identificar nos seis recibos dos comprovativos um valor total de sete milhões e 800 mil kwanzas, valores lesados às empresas, uma actividade que o suspeito fez num período de três semanas.
Fonte: Angop