Funcionárias do estabelecimento comercial NUWAYU Comércio Geral e Prestação de Serviço, de venda de produtos diversos, localizado na rua direita do município de Cacuaco, acusam o patrão de nacionalidade Eritreia, identificado apenas por Tomé, de ter simulado a perda de um milhão de kwanzas no interior da loja e obrigar as trabalhadoras e operadoras de caixa a pagarem os valores, por supostamente resistirem ao assédio sexual no local de trabalho.
Falando sob anonimato, uma funcionária que estava visivelmente agastada com a situação, informou ao Na Mira do Crime que, durante os momentos de trabalho, o patrão entra no interior do caixa e começa a acariciar os cabelos das funcionárias, proferindo palavras “tendenciosas” para cada uma delas.
“Somos quatro operadoras de caixa e trabalhamos duas por cada dia, mas sempre que o boss entra no nosso local, tem nos assediado, mas mostramos resistência”, denunciou.
Acrescentou que, na segunda-feira, 22, quando foram ao trabalho para mais uma jornada laboral, foram informadas pelo patrão da suposta perda de dinheiro (um milhão de kwanzas), da venda do dia anterior, obrigando as funcionárias a pagar através de descontos nos seus salários, que rondam entre os 50 e os 60 mil kwanzas.
Informou que depois das vendas, o único que fica com o dinheiro é o patrão, e estranha receber a informação da perda de dinheiro no interior da loja.
Por outra, aproveitou para denunciar que estão a passar por muita humilhação por parte do patrão, alegando que as obriga a trabalhar mais de 10 horas, sendo que entram às 6 horas e 30 minutos e largam às 17 horas, sem direito à alimentação.
“Quem reclamar, o patrão diz que pode ir embora, e só trabalhamos por causa das necessidades”, lamentou.
Questionada se já participaram o caso às autoridades, explicaram que o patrão goza de proteção de alguns amigos (da polícia) que se fazem presentes na loja constantemente, então preferem fazê-lo de outra forma.
Patrão remete-se ao silêncio
Este jornal deslocou-se até ao referido estabelecimento comercial para ouvir o contraditório das acusações que pesam sobre o cidadão eritreu, mas este recusou-se a prestar qualquer declaração a respeito.
Fonte: NA MIRA DO CRIME