
A Endiama facturou mais de 1,1 mil milhões de dólares com a venda de 10,6 milhões de quilates de diamantes no primeiro semestre de 2025.
O valor superou em 1,2 por cento as previsões, revelou fonte oficial. O director de Comercialização da diamantífera estatal angolana, Elton Escrivão, falava à margem da reunião de balanço semestral da produção de diamantes, que decorre no Dundo, província da Lunda Norte, e salientou que a meta é ultrapassar os resultados definidos para o ano.
“Do ponto de vista de comercialização em particular, nós comercializámos 10,6 milhões de quilates até o momento. Do ponto de vista de produção, estamos ligeiramente acima já. Não podemos ainda avançar dados concretos, mas estamos ligeiramente acima”, afirmou, citado pela Rádio Nacional de Angola.
Segundo o responsável, a facturação já ultrapassou os mil milhões de dólares, apesar da queda do preço médio por quilate face a 2024, que passou de 143 para 105 dólares.
“Naturalmente estamos confiantes, temos estado a trabalhar para a melhoria contínua dos nossos processos de venda e também dos nossos resultados e temos estado a trabalhar na promoção do diamante natural exactamente para reverter esta actual circunstância”, acrescentou, mostrando-se convicto de que é possível “reverter o actual quadro e trazer para Angola, naturalmente, os melhores resultados possíveis neste momento crítico que estamos a viver”.
Na cerimónia de abertura, a governadora da Lunda Norte, Filomena Miza, destacou o apoio das autoridades locais no combate à exploração ilegal: “Este importante sector enfrenta alguns desafios resultantes da queda nos preços dos diamantes naturais devido à concorrência dos diamantes artificiais e da exploração ilegal, vulgo garimpo, o que tem prejudicado grandemente o investimento feito pelas sociedades mineiras”, afirmou.
No encontro, o director de Estudos e Projectos da Endiama, Ady Van-Dúnem, sublinhou que cerca de 90 por cento dos diamantes angolanos já são rastreáveis.
“Trata-se de uma inovação chave, na medida em que os consumidores exigem mais informação sobre o impacto positivo para as comunidades, bem como a proveniência dos diamantes que adquirem, pelo que a implementação dos processos de rastreabilidade no subsector diamantífero nacional tem permitido uma maior abertura e transparência da indústria angolana de diamantes”, indicou, citado pela Endiama.
FONTE: LUSA