Um fim-de-semana interrompido pelo maior fiscalizador “chuva”. Na madrugada de sábado, a capital do país despertou com uma forte carga pluviométrica interminável, onde todos os luandenses sentiram-se impedidos de sair de casa.
O barulho no tecto era tanto que todos já temiam pelos resultados. Como sabem, a chuva em Luanda não só causa danos como também “tira vidas”. Ouvimos a morte do adolescente de 14 anos que morreu numa vala de drenagem no Cazenga, depois vimos retratos de pessoas a retirarem água de dentro de suas casas para rua, e a informação não parou.
De acordo com a apresentação do balanço provisório das chuvas que caíram sábado e domingo em Luanda, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Minguêns, relata que cerca de 238 habitações ficaram inundadas, 243 famílias afectadas, 1215 pessoas afectadas directamente pelas chuvas, cinco habitações destruídas, dois deslizamentos de terra, progressão de algumas ravinas em algumas artérias da cidade capital, em particular, o município de Viana e Cacuaco e ruas alagadas, criando dificuldades de mobilidade de pessoas e viaturas.
Segundo a fonte, constam dos danos causados pelas enxurradas, “a queda de um embondeiro, sobre uma residência, igualmente no município do Cazenga, distrito urbano do 11 de Novembro, fazendo duas vítimas, sendo um ferido, uma cidadã de 28 anos de idade e uma criança de 7 anos de idade, que infelizmente acabou por perder a vida na unidade hospitalar”.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, informou, também, que vai continuar a chover nas próximas horas, de acordo com o INAMET, tendo apelado a população a redobrar os cuidados, nomeadamente: evitar estacionar viaturas embaixo de árvores, não construir em zonas de risco, não apoiar em postos de iluminação pública e muros em mau estado.
Fonte: CK