Relações amorosas no digital

Conhece as aplicações Badoo, Tinder entre outras aplicações para relacionamentos e encontros? Provavelmente, sim. Já ouviu falar ou já esteve inscrito(a).
Decidi escrever este artigo porque uma pessoa próxima a mim, em 11 dias ou até menos, decidiu ir embora de Angola, conhecer um homem em Portugal e já fala em casamento. Mas conheço mais casos idênticos. Apaixonam-se, homens e mulheres, por pessoas que não conheceram pessoalmente, que não conviveram, e começam a falar de sonhos e compromissos em comum. Como isto é possível? Por carência, algo se passa na sociedade para haver estes fenómenos sociais.
O que vejo diante dos meus olhos é futuros problemas de frustrações, filhos de pais e mães diferentes. Haverão mais e mais pessoas com traumas. Com feridas. Com mais reservas em futuras relações. Perante isto, deixo alguns conselhos:
– Conheça esse alguém pessoalmente, se e só se valer a pena;
– Ame-se primeiro e acima de tudo, pois a carência faz com que se veja amor onde não existe;
– Tenha cuidado com as promessas de casar, ter filhos rapidamente. A pressa é imensa em ter momentos de felicidade, mas Deus e o Tempo são grandes conselheiros e comandantes da vida.
– Tenha fé;
– Converse com outras pessoas se está a sentir certos impulsos para ter relacionamentos “ultra-rápidos”. Por que não aconselhar-se com psicólogos, psicoterapeutas?
– Saia, vá passear, espairecer. Faz bem ao espírito e à alma. Faça coisas que gosta nos tempos-livres;
– Evite fazer pagamentos e transferências de dinheiro para quem não conhece. Há mais formas de começar uma boa amizade digital do que pedir, cobrar dinheiro a outrem, e esse outrem demonstrar interesse sem envolver recursos financeiros. Até para isto é necessário tempo…
Evite trocar relações amorosas “reais” por relações digitais. Se a relação começou no digital, como escrevi antes, se valer a pena, parta para o conhecer a pessoa pessoalmente. O que mais quero é que tenhamos muitos momentos de felicidade: eu e você meu leitor, minha leitora.
Fonte: CK